Cap. 185
Cobra Traiçoeira está quase lambendo o copo em que sua dose grátis foi servida quando Lucretia retorna.
— Pode trazer o homem para cá. Ele ficará no quarto logo após a escadaria. O primeiro do corredor. – explica a mulher.
Cobra dá uma última olhada em seu copo vazio e sai de volta para o saloon do Ramirez.
Mal o nativo deixa o Elle, Lucretia convoca sua equipe: — Atenção! Está vindo um forasteiro e não sabemos se ele é perigoso ou não. Solomon, ele estará no quarto um, então, fique de olho para que ele não saia de lá nem receba ninguém lá. Meninas, ninguém atende o forasteiro, no quarto ou em qualquer outro lugar. Qualquer coisa que ele peça, fale ou faça deve ser dita para mim imediatamente, entenderam?
O grupo responde afirmativamente e retorna a seus afazeres.
Hanna, que ouviu as instruções, se aproxima de Lucretia: — Você parece preocupada. Algum problema?
Lucretia, tentando tranquilizar a moça: — Está tudo bem. São apenas cuidados que precisamos tomar antes de receber estranhos. Você viu o que aconteceu quando aparecem visitantes indesejados, não é?
Hanna prefere não lembrar e muda de assunto: — Bem, avise se pudermos ajudar. Na verdade eu só gostaria de saber se posso pegar um pouco de água fervida para limpar a ferida de meu marido.
Lucretia, pousando gentilmente a mão no ombro da moça: — Claro, querida. Me acompanhe até a cozinha.
Quando chegam à cozinha, Cobra já está chegando ao saloon. Lá dentro, Augustus continua sua conversa com Tex sob o olhar de um angustiado prefeito McQueen.
— Ele pode ir para o Elle. – avisa o nativo sem nem entrar.
McQueen, aliviado e intrigado: — Ótimo.
O forasteiro começa a sair, mas empaca ao ouvir Augustus:
— Que bom que conseguiu um quarto. Espero que descanse bem, senhor Ted, quer dizer, senhor Tex. Desculpe confundir seu nome.
O prefeito sente como se uma cobra tivesse subido por dentro de sua calça. Suando frio, ele se indaga: como o maldito Augustus consegue errar tanto na mosca e continuar vivo?